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terça-feira, 3 de maio de 2011

NEGÓCIO DE CABELO (Parte I)
Miguezim de Princesa

I
A Bahia é sempre linda
(A terra da boa gente).
Disse Octavio Mangabeira,
Um sujeito inteligente,
Que nunca foi cego ou surdo:
É pensar num absurdo,
Na Bahia tem precedente.
II
Bahia, terra do dendê,
Acarajé e paçoca;
Do goleador pançudo,
Que se chamava Beijoca;
Que não engole perrengue,
Caça o mosquito da dengue
No Vale da Muriçoca.
III
Que mosquito mais safado,
Marinalva foi falando
Com uma lata de Baygon
Lá no São Braz borrifando,
Enquanto o mosquito seco
Encoivarava num beco
A muriçoca ajeitando.
IV
Enquanto o mosquito avança
Atacando sem apelo,
A alta sociedade,
Que sempre age com zelo,
Em um movimento esperto,
Descobriu negócio certo
No meio do qual tem cabelo.
V
Primeiro Bel do Chiclete,
Que arrasta multidão
Com os acordes da guitarra
E aquele vozeirão,
Achou foi pouco o Chiclete
E vendeu para a Gillette
Sua barba por R$ 1 milhão.
(Amanhã tem a última parte)
(Fonte: Claudio Humberto)
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                                                                           Blog do Zebrão

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