ITACARÉ: FRAUDE COM FUNDEB CHEGARIA A 33%
De acordo com as denúncias do ex-fornecedor da prefeitura de Itacaré, Josemar Santos, feitas à Polícia Federal em Ilhéus (ver aqui), dos cerca de R$ 30 mil em gêneros alimentícios que a administração municipal adquiria junto ao supermercado Gigantão, R$ 12 mil (33% do total) eram desviados, mensalmente, para outras finalidades. Segundo o denunciante, apesar de o esquema ter à frente o secretário de Finanças Antônio Onça – que indicaria a Josemar quem deveria receber as quantias desviadas –, era o prefeito quem coordenava as ações. Um dos beneficiados com o esquema, conforme a denúncia, seria um homem de prenome Jeferson, servidor do município e encarregado de dirigir o carro do prefeito. De acordo com o ex-fornecedor, quando o esquema já estava consolidado, Onça passou a distribuir “vales”, que eram utilizados por diversas pessoas, entre elas Jeferson, para fazer compras no supermercado. Josemar afirmou que o motorista levava, às vezes, cinco ou seis pessoas ao Gigantão. Ele forneceria os “vales” a esses acompanhantes, que deixavam o estabelecimento com cestas básicas - itens a serem pagos pela prefeitura como se fossem para a merenda escolar, com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em outro instante do depoimento, no qual também apresentou notas fiscais como supostas provas, Josemar conta que em setembro do ano passado foram vendidos à prefeitura 1229 quilos de carne, sendo que apenas metade da quantidade fora entregue. O denunciante disse à polícia que desistiu de participar de licitações da prefeitura de Itacaré “para não se envolver mais nessas coisas".
ITACARÉ: PREFEITO JÁ FOI DENUNCIADO PELO MPE
O prefeito de Itacaré, Antônio de Anísio (PCdoB), acusado de participar de um esquema de desvio de verbas da merenda escolar na cidade do litoral sul baiano (ver aqui e aqui), já foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por crime de improbidade. Uma ação foi ingressada contra ele em agosto de 2010 e, após cinco meses de investigação, a promotoria ofereceu a denúncia na Justiça. Antes, em 2009, outro processo já havia sido aberto contra o gestor no Ministério Público por improbidade administrativa, também por conta de subtração fraudulenta de recursos públicos. A reportagem tentou durante toda a tarde desta sexta-feira (13) entrar em contato com o alcaide, para comentar o assunto, mas ele não foi encontrado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário